O desenvolvimento das cidades ocorrido nos últimos anos, além de movimentar a economia e criar diversas oportunidades de trabalho, gerou um expressivo crescimento populacional dos centros urbanos. Os espaços passaram a ser ocupados rápida e desordenadamente, sem o devido planejamento, o que causou um aumento massivo das áreas impermeabilizadas na cidade.

As redes de drenagem que foram originalmente projetadas para uma determinada situação de ocupação do solo, ficaram subdimensionadas e perderam sua capacidade de escoamento, por conta de um novo volume vindo de áreas que antes não eram impermeabilizadas.

Desde então, a cada episódio de chuvas, a sociedade convive com transtornos como alagamentos, inundações, congestionamentos, não sendo raro os casos de danos materiais, mortes e aumento na transmissão de doenças por conta dos vetores encontrados na água.

Para evitar esses problemas, as redes de drenagem precisariam ser redimensionadas e completamente substituídas, para que continuassem cumprindo a sua função de maneira eficaz, acompanhando assim o crescimento das cidades. Entretanto, na maioria das vezes isso não é feito, visto que seu redimensionamento gera altos custos aos cofres públicos.

Com objetivo de contornar essa situação, alguns estados e municípios sancionaram Leis que preveem medidas para conter os impactos negativos gerados pelas áreas impermeabilizadas, responsabilizando os empreendedores por encontrarem soluções que mitiguem esses danos.

Neste cenário, os reservatórios de retenção e detenção de águas pluviais se tornam uma solução atrativa pois são projetados junto com o empreendimento, de acordo com a necessidade local, atendendo a todos os requisitos, quanto ao volume de captação e tipo de uso do solo.

Esta solução possui menores custos de implementação quando comparadas à substituição completa de redes já existentes, sendo obras menos complexas e com menos interferências urbanas.

O que são?

Os reservatórios de detenção de águas pluviais são estruturas, geralmente subterrâneas, construídas para acumular temporariamente um grande volume de água de chuva, despejando-o aos poucos, posteriormente, na rede de drenagem da cidade. Já os reservatórios de retenção são aqueles que recebem um certo volume de água de chuva, servindo como reservatório para uso posterior em finalidades não potáveis.

Ambos atuam na esfera da microdrenagem de centros urbanos, retardando o escoamento dessas águas para o sistema público de drenagem, evitando sobrecarga, reduzindo o pico das enchentes e minimizando a ocorrência de inundações.

Com o objetivo de disseminar conhecimento sobre o tema, a Associação Brasileira dos Tubos de Concreto (ABTC) acaba de lançar uma publicação que fornece detalhes da aplicação, bem como as normas vigentes e casos de implantação no Brasil. Esclarece ainda sobre as leis que regulam o tema em diversas localidades.

Confira a publicação!

 

Para saber mais: