da Embarq Brasil

rm floripaNo Brasil majoritariamente urbano, em que de uma população de 190 milhões, 160 milhões (84%) residem em cidades (IBGE, 2010), as manchas urbanas de um município e outro já se mesclam no horizonte. Especialmente nas 60 regiões metropolitanas, agora apoiadas pelo recém lançado Estatuto da Metrópole, que estabelece fundamentos e diretrizes para a gestão urbana compartilhada.

Santa Catarina esteve alguns passos na frente em termos de desenvolvimento metropolitano integrado no país. O estado comemorou recentemente a consolidação do PLAMUS – Plano de Mobilidade Sustentável da Grande Florianópolis, com a criação da Suderf, a Superintendência de Desenvolvimento da Região Metropolitana da Grande Florianópolis. O responsável é Cássio Taniguchi, engenheiro e ex-prefeito de Curitiba, que terá a missão de ser o interlocutor e de viabilizar as principais soluções apresentadas pelo pioneiro estudo, de maneira integrada entre os municípios catarinenses.

O PLAMUS é fruto de um Acordo de Cooperação Técnica entre o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e o Estado de Santa Catarina, por meio da SC Parcerias e foi desenvolvido por consórcio contratado através do Fundo de Estruturação de Projetos (FEP). O consórcio, formado pelas empresas LOGIT, Strategy& e Machado Meyer, coordenou pesquisas, levantamentos, análises e proposições para mapear necessidades de mobilidade na região dos 13 municípios que compõem a RM: Anitápolis, Rancho Queimado, São Bonifácio, Angelina, Antônio Carlos, Águas Mornas, São Pedro de Alcântara, Santo Amaro da Imperatriz, Biguaçu, Governador Celso Ramos, São José, Palhoça e Florianópolis.

As pesquisas do estudo foram realizadas durante o verão, para análise da movimentação na alta temporada de turismo, e no período letivo. Foram visitados mais de 5.400 domicílios para entender o perfil de mobilidade dos residentes, além de pesquisas de contagem e fluxo de veículos em diversos pontos da região metropolitana e análise do sistema de transporte coletivo. O PLAMUS também reuniu mais de 400 participantes em oficinas participativas realizadas ao longo de 2014 e unificou em um só banco de dados estatísticas populacionais, econômicas e variáveis complementares para obter um estudo que fosse além da infraestrutura viária e levasse em conta todos os aspectos do conceito de mobilidade urbana. As soluções apresentadas são alinhadas à proposta de levar mais integração, sustentabilidade e qualidade de vida às pessoas da região.

Expectativa

PLAMUS

Cássio Taniguchi, Superintendente da Região Metropolitana de Florianópolis.

A relevância aumenta uma vez que foi o primeiro estudo focado em mobilidade urbana com abrangência metropolitana financiado pelo BNDES. A expectativa é que a metodologia possa ser aplicada nos demais municípios e RMs do país. “O PLAMUS foi um trabalho extensivo, pois possui uma quantidade enorme de dados e pesquisas – todo o necessário para implantar um plano de mobilidade urbana”, considera Taniguchi.

“Estabelecemos um cronograma com medidas de curtíssimo prazo, curto prazo, médio prazo e longo prazo, e temos os instrumentos na mão. Saímos do achismo para ter realmente um norte, além de termos as pessoas certas para a execução deste planejamento. Vamos dar todo o apoio e nos empenhar ao máximo para conseguirmos enfrentar esse problema de mobilidade que incomoda a todos”, destacou o governador Raimundo Colombo durante a apresentação do novo superintendente no início deste mês.

A criação e o desenvolvimento da Superintendência demonstram que o estado assumiu o compromisso de não deixar o PLAMUS se tornar mais um estudo “de gaveta” para ser, de fato, um instrumento de mudança. O minucioso trabalho técnico, que deve ser entregue em relatório final em abril, deve auxiliar na criação de um futuro mais próspero, saudável e humano aos residentes e visitantes dos 13 municípios da Região Metropolitana da Grande Florianópolis.

Conheça aqui os principais resultados e detalhes do PLAMUS.