O papel da habitação social na promoção do desenvolvimento urbano foi tema do debate que reuniu, no último dia 30 de agosto, durante o Concrete Show 2012, Érika Mota, coordenadora do programa Soluções para Cidades da ABCP, Maria do Carmo Avesani, diretora do departamento de produção habitacional do Ministério das Cidades, Khaled Ghoubar, professor do departamento de Tecnologia da Arquitetura da FAU-USP, e Lincoln Fontes Resende, representante da Companhia Urbanizadora e de Habitação de Belo Horizonte. Os palestrantes fizeram um retrospecto da urbanização dos grandes centros, ressaltando a carência de infraestrutura urbana, com foco no déficit de domicílios, os avanços dos últimos anos na área da habitação e a necessidade de envolvimento das universidades em estudos de projetos públicos.

A participação de Avesani, do Ministério das Cidades, no seminário, foi decisiva para entender os próximos passos da política habitacional do governo. Com a 2ª etapa do Minha Casa, Minha Vida, pretende-se gerar condições de moradia necessárias para que as famílias permaneçam em áreas que já habitam.

Um estudo de caso de urbanização de favelas, que vem ao encontro da política habitacional do governo federal, foi apresentado pela prefeitura de Belo Horizonte. Ali, a prefeitura, pelo programa Vila Viva, vem conseguindo melhorar as condições de moradia de mais de 50 mil famílias.

Khaled Ghoubar, professor da USP, mostrou a importância da participação da sociedade civil, alunos de instituições de ensino e da própria universidade em projetos de habitação de interesse social, seja para atender às diferentes demandas das populações das cinco regiões brasileiras, seja para avaliar, com imparcialidade, os custos dos projetos e proporcionar à sociedade o melhor ao menor custo, um grandedesafio das construções ditas econômicas.

Pelo Soluções para Cidades, programa da ABCP que apóia a administração pública na superação de desafios decorrentes da urbanização, Érika Mota apresentou algumas das alternativas que vem sendo sistematizadas no site do programa. Atenção especial foi dada à participação de estudantes de arquitetura e urbanismo, que este ano participaram da 3ª edição do Prêmio Soluções para Cidades e propuseram melhorar uma região com residências para 133 famílias em situação de risco. “Ao envolver futuros arquitetos e urbanistas, queremos que esses jovens pensem em alternativas inovadoras para a melhoria da qualidade de vida e do bem estar da população”, destacou Mota.

Clique aqui para ver os projetos que preveem soluções para moradias em áreas de risco, ganhadores do Prêmio Soluções para Cidades 2012.